quarta-feira, junho 25, 2025

Aposto

A missiva de Mark Rutte a Trump é um nojo. Mas até aposto que, no seio dos seus colegas, a grande maioria aplaude-o e elogia o seu "sacrifício", ao ter-se prestado àquele ridículo para conseguir preservar Trump "a bordo" da NATO e, pelo menos, não piorar a atitude face à Ucrânia.

12 comentários:

ematejoca disse...

Cúpula da OTAN ao vivo: OTAN decide meta histórica de 5% — o „imperador americano“ cheio de elogios. Trump & co. comeram „maconha holandesa“ num lugar simbólico, o presidente americano foi autorizado a dormir no palácio. Feira das vaidades no seu pior momento.

Luís Lavoura disse...

ter-se prestado àquele ridículo para conseguir preservar Trump "a bordo" da NATO

Eu creio que o ridículo não lhe servirá de nada, porque Trump não é parvo, percebe que Rutte não passa de um oportunista lambe-botas, e prosseguirá os seus intentos independentemente daquilo que Rutte faça ou diga.

Anónimo disse...

não sei se o rutte é muito diferente dos antigos secretários gerais. foi exposto por causa do trump, quando antes ficava tudo em segredo. o trump tem pelo menos uma virtude: diz a toda a gente (mesmo a nós simples peões) ao que vem e ao que vai.

Joaquim de Freitas disse...

E ainda por cima tratou Trump de "Papa"...O que lhe deve ter desagradado muito, no momento em que é publicado nos EUA um relatório médico preocupante, sobre a saúde de Trump, que apresentaria sintomas de Alzheimer.

Lúcio Ferro disse...

O senhor viu a parte do daddy? Meu Deus.Tudo isto é demasiado absurdo.

Anónimo disse...

É que não tenho a mínima dúvida, não só aplaudem o Rutte, por saber como “amansar” o Trump, como devem desvalorizar o facto do Rutte os utilizar nesse jogo de enganos. Estão todos bem uns para os outros e todos juntos afagam o ego trumpista, quando, há uns meses, todos, incluindo o Rutte, diziam o piorio do Trump, em favor da Kamala. Nesta matéria, salvo o Governo espanhol, todos os mais são gente a curvar-se, a bajular o grande chefe, sem dignidade. Lamento, sobretudo, a figura de António Costa pelo triste papel (por muito bem remunerado que seja) que representa, porque de Montenegro e do seu ministro não se espera mais do que sorrir e seguir o chefe da banda.
J. Carvalho

João Cabral disse...

Se entre os seus colegas provavelmente é aplaudido, mal vai a NATO e a diplomacia... Serão o lambe-botismo e o graxismo a norma? Terrível.

josé ricardo disse...

Desprezível é o mínimo que se pode dizer. Há cinco ou seis meses, a personagem rezava para que Joe Biden continuasse como presidente dos Estados Unidos da América.
Volto ao que escrevi ainda ontem, neste mesmo blog: que diferença o nível discursivo de um Lavrov, Putin ou qualquer líder Chinês.

Paulo Guerra disse...

Exacto e este é o ponto de todas as pessoas que eu conheço que se insurgem contra a guerra e os US na Ucrania. Nunca teve nada a ver com a Rússia, que só reagiu da forma expectável. Como os US em 1962. Ou com o discurso horrível de Putin na véspera da intervenção sobre a história dos dois países para consumo interno na Rússia. Que a maioria dos europeus não conhece nem tem que conhecer. Para os europeus a Ucrania era uma nação soberana e ponto final.

Ainda hoje não percebi se alguém trocou os discursos porque a Rússia não costuma ser amadora ao nível da propaganda de estado. E bastava ler o ultimato da Rússia à NATO de Dezembro de 2021, que era um ponto de partida muito razoável para um novo acordo de segurança europeu que só mimetizava o acordo de 1989. Que os US violaram como violam todos os Tratados que assinam.

O que os europeus deviam ouvir era que os US rasgaram o Tratado INF para cercar a Rússia com misseis, o que põe em causa a segurança da Rússia e da Europa. E que derrubaram o Govt de Kiev para acossar ainda mais a Rússia e que Moscovo não tolera a ameça da NATO e os misseis dos US na UA, como os US não toleraram em Cuba. Porque as populações não têm muitas vezes noção da sua força mas se naquela época os europeus têm saído à rua para se manifestar contra o alargamento da NATO e a guerra em vez de mais armas para a UA, tinham salvado muitas famílias como as suas.

Entretanto na Cimeira da NATO, o fantoche de Kiev apoia a agressão ao Irão. Pois claro. Esperar o quê de um fantoche? E diz que precisa de mais USD 150 BI. O costume. E a Ursula que nos garantiu há 3 anos que a economia russa já estava em frangalhos e que precisava de desmontar máquinas de lavar roupa para construir misseis, agora diz que a economia russa é muito resistente. E são precisos mais 18 pacotes de sanções. Há bombas de gasolina muito resilientes.

Finalmente, o UK que também dizia no início do conflito que os misseis russos só duravam mais 2 semanas e os cancros de Putin acabariam com a Russia mais tarde ou mais cedo - como eles acabaram com os Skripal que ninguém sabe onde páram - agora diz que os velhotes no UK têm que continuar a congelar no inverno porque o UK pode ser atacado a qualquer momento?! Como o Irão? A Europa de figuras tão repugnantes como Rutte decidiu descaradamente incutir medo aos europeus para aumentarmos os orçamentos de defesa para comprarmos armas ao "daddy". Será que não podemos viver todos em paz, sem interferências externas? E também se esqueceram do aquecimento global? E do genocidio? Simplesmente ignóbil!

marsupilami disse...

Pois, sem dúvida ... mas, se fossemos espertos, poderia ser apenas a espuma dos dias. Se reconhecêssemos que um enorme aumento do investimento em defesa devidamente dirigido é uma enorme oportunidade política (factor exógeno a forçar a coordenação entre países algo avessos a isso), económica, e científica (e que vai ser desperdiçada, provavelmente). Primeiro, investir nas indústrias nacionais/europeias e não comprar material americano. Segundo, usar uma boa fracção das verbas dirigidas para os "departamentos de defesa" nacionais para irrigar os sistemas de investigação em ciência pura na forma de "grants" a fundo perdido para os melhores cientistas (incluindo aqueles que formos buscar aos EUA). Temos uma auto-estrada aberta para dar uma valente arrancada e ganhar velocidade, não fôra a cegueira e ignorância dos dirigentes europeus. Foi assim que funcionou o sistema norte-americano no seu período áureo.

Joaquim de Freitas disse...

O Fascismo será chamado Democracia.

Um povo, um império, um chefe. É através das suas palavras que ressoam na nossa história que podemos delinear o futuro desta Europa que nos foi vendida como a era da prosperidade e da paz duradoura.
No entanto, a missão desta Europa leva-nos ao confronto com o povo russo que tanto nos deu, e até nos salvou do nazismo.

A Europa federal caminha para a destruição programada das nações que a compõem. A cronologia dos factos, nomeadamente destes últimos três anos, demonstra que os nossos chefes de guerra ocidentais querem precipitar-nos numa terceira guerra mundial.
Não há dinheiro para a saúde, as pensões ou os salários base, mas para o armamento, não há limites! É também um momento de tensões entre um Estado central e as feudalidades, sem esquecer a relação entre as religiões ». Os grandes medos são explorados a fundo. « A Europa deve estar à altura dos desafios .Da Rússia, claro !Assim se exprimem os lidere europeus!
A Europa deve estar à altura dos grandes desafios económicos, educativos, migratórios e militares.» Era ingénuo acreditar que a Europa se tornaria um peso pesado político mundial.

Durante anos, acreditou-se numa Europa poderosa e autónoma no cenário internacional. Desde os anos 90, relações de força internas mudaram tudo com o esquema anglo-saxónico que nos foi imposto para nos transformar numa zona de livre-comércio transatlântica, na qual o modelo europeu cedeu ao conceito ultraliberal.

Esta Europa pertence mais à NATO e ao globalismo do que aos povos que a compõem. A União Europeia é co-responsável pela guerra nos Balcãs, pela ampliação da NATO para o Leste, pelo novo conceito de intervenção da NATO de 1999 (que se distingue da Carta das Nações Unidas), e pelas invasões do Iraque, da Síria, do Afeganistão e da Ucrânia. Todas essas invasões são, claro, contrárias ao direito internacional.

As projecções mostram que a dívida francesa vai explodir para financiar este projecto europeísta que não é mais nem menos do que a continuação do PNAC, – Projeto para um Novo Século Americano -.

Uma nova ordem mundial está a ser elaborada. A Europa continua a ser uma construção inacabada e o seu futuro está sujeito às zonas económicas e políticas dos três novos actores que são a China, a Rússia e os Estados Unidos.

Enquanto escrevo este texto ,na TV francesa informam que amanha a França não tem governo. Bayrou será derrubado pela censura parlamentar.

O «Novo Império Europeu » desmoronará como o Império Soviético em 1990. Agora é preciso pensar numa união dos povos e não numa união dos capitais de dívida comum, para financiar a construção federal de Bruxelas.

Aquela cúpula à volta de Trump, na foto, é ligada pelo medo e a cobardia. Pois o medo e a cobardia geram a permanência na conformidade e na estreiteza de espírito.

Lúcio Ferro disse...

Na Europa, historicamente, as corridas aos armamentos têm tendência para acabar mal, muito mal.

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